top of page

Mioma uterino atrapalha a engravidar

Dra. Juliana Kitahara

O mioma é um tumor benigno que se desenvolve no útero. Em geral, ele surge na faixa etária dos 30 aos 50 anos.Ainda não se sabe ao certo qual a causa de mioma, mas distúrbios hormonais (estrogênio e progesterona) e a predisposição genética estão entre as principais hipóteses.

​

Além de alterar o fluxo menstrual, causando sangramentos intensos e prolongados, o mioma é uma das causas da infertilidade feminina. Cerca de 3% das mulheres em idade fértil diagnosticadas com mioma apresentam dificuldade para engravidar ou correm mais riscos de sofrer abortos espontâneos. O mioma também é o principal motivo para a realização de histerectomia, ou seja, remoção cirúrgica do útero.

​

Em quais condições o mioma pode atrapalhar a gravidez?

Em primeiro lugar, é importante saber que o mioma não é a principal causa de infertilidade feminina. Nem todos os miomas dificultam a concepção. As chances de uma gravidez bem-sucedida são menores quando a mulher desenvolve miomas submucosos, que crescem dentro do útero próximo ao endométrio. O mioma intramural, localizado na musculatura do útero, pode prejudicar a gestação quando é detectado em estágio mais avançado.

​

As condições são mais favoráveis quando o mioma é subseroso, ou seja, fica na parte externa do útero. Nesse caso, após a concepção, apresenta menor risco para o desenvolvimento do bebê.

​

Para evitar as complicações geradas pelo desenvolvimento de mioma uterino é importante realizar os exames ginecológicos pelo menos uma vez ao ano. Quando o mioma é diagnosticado no início, é mais fácil tratá-lo. Dessa forma, é possível planejar a gravidez, com mais segurança. E ainda, se o mioma não for a razão da infertilidade, o médico poderá dar continuidade à investigação.

​

Quais os riscos do mioma durante a gravidez?

Os riscos são maiores em caso de miomas submucosos e intramurais. Nesses casos, podem ocorrer:

  • Sangramentos intensos;

  • Aborto espontâneo, no primeiro trimestre;

  • Cólicas e dores em qualquer fase da gravidez;

  • Descolamento da placenta;

  • Nascimento prematuro.

 

Quando há poucos e pequenos miomas, o parto, em geral, transcorre sem problemas graves. Mas se houver miomas maiores e sintomáticos, muitas vezes é necessário realizar a cesárea. Isso porque prejudicam as contrações uterinas e dificultam a saída do bebê através do parto vaginal. Também aumentam as dores do parto e o sangramento. Por esses motivos, a possibilidade de parto normal deve ser avaliada caso a caso com o evoluir da gestação. 

 

Tratamento para o mioma uterino

Quando a mulher não deseja engravidar, dependendo do tamanho e da localização do mioma, podemos tentar o controle dos sintomas de sangramento e de dor com analgésicos e anticoncepcionais. No entanto, quando a mulher tem o desejo de tentar engravidar naquele momento, é importante avaliar se há a necessidade de realizar a retirada cirúrgica do mioma.

 

A remoção cirúrgica do mioma, denominada miomectomia, pode ser realizada de três formas: histeroscopia, laparoscopia ou laparotomia. Os procedimentos menos invasivos são a laparoscopia e a histeroscopia, ambos fazem parte de técnicas minimamente invasivas. A histeroscopia é indicada para miomas submucosos e é feita via vaginal com auxílio de pinças delicadas e de uma câmera, sem cortes. Já a laparoscopia é realizada por pequenos furos no abdome com auxílio de delicadas pinças e de uma câmera, sendo mais indicada nos casos de miomas intramurais e  subserosos que precisem ser operados. 

 

A laparotomia é uma cirurgia convencional, feita através de uma incisão no abdômen. 

Entre as técnicas acima, as chamadas minimamente invasivas, laparoscopia e histeroscopia são as mais indicadas por levarem a uma recuperação pós operatória mais rápida e com menos dor comparada a laparotomia.

 

Outra opção  é a embolização de artérias que irrigam o útero, recomendada principalmente para mulheres com múltiplos pequenos miomas.  

 

Dependendo da gravidade dos sintomas causados pelos miomas e se a mulher não deseja ter mais filhos, a histerectomia, remoção cirúrgica do útero, é uma das opções de tratamento. Somente o médico especialista em ginecologia e obstetrícia está apto a avaliar cada caso.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida.

 

Entre em contato comigo. 

bottom of page